A governadora de Porto Rico, Jenniffer González, chamou Maduro de líder do narcotráfico e se comprometeu com o governo dos Estados Unidos a seguir realizando manobras militares na ilha
O ministro de Defesa da Venezuela, general Vladimir Padrino López, desmentiu em um comunicado oficial que um helicóptero estadunidense tenha voado perto da ilha venezuelana de La Orchila, como circulou em meios de comunicação e redes sociais.
No documento, o líder militar qualifica tal informação como “fake news” e afirma que “forma parte das operações psicológicas contempladas no tradicional manual de guerra dos Estados Unidos, destinado a criar cenários fictícios como condição prévia para intervenções armadas”.
Além disso, garante que essa “perversa campanha” garante a possibilidade de que as mesmas forças militares dos Estados Unidos provoquem danos a uma aeronave dessas características para provocar e fabricar um incidente do tipo falso positivo.
EUA intensificam ofensiva militar contra Venezuela e revelam fragilidade de sua diplomacia
Na última semana, circulou nas redes sociais e sites noticiosos a informação de que supostamente um helicóptero militar da Marinha dos Estados Unidos, modelo MH-60R Seahawk, teria sobrevoado espaço aéreo próximo à costa venezuelana.
“Isso serviria de pretexto para justificar uma escalada de agressões militares contra nossa nação, tal como tem feito o imperialismo estadunidense em outros episódios históricos, como o do Golfo de Tonquim, no Vietnã, em 1964. [Naquele episódio, os EUA] alegaram que seus barcos teriam sido atacados por unidades flutuantes do Vietnã do Norte [e isso justificou] uma escalada na guerra contra o país”, diz a publicação.
Padrino López ressaltou, em seu comunicado, que se tratam de “ações belicistas e de guerra cognitiva” orquestradas pelo secretário de Estado, Marco Rubio, e Mauricio Claver-Carone, enviado especial do Departamento de Estado dos Estados Unidos para a América Latina. Ambos “buscam gerar desestabilização e danos à população”.
Maduro responde à governadora de Porto Rico
Por sua parte, o presidente Nicolás Maduro denunciou, durante uma entrevista televisiva com o ex-presidente equatoriano Rafael Correa, que a governadora de Porto Rico, Jenniffer González, teria se somado a um plano militar contra Venezuela.
González recebeu, também na semana passada, o secretário de Guerra dos Estados Unidos, Peter Hegseth, no marco do movimento militar que Washington mantém no mar do Caribe. González disse que “o governo de Porto Rico está comprometido na luta contra o narcotráfico” e que seguirão sendo realizadas manobras militares na ilha.
Afirmou também que o movimento bélico “é uma mensagem direta ao líder do cartel na Venezuela, Nicolás Maduro. Os Estados Unidos não vão mais permitir isso, e eu creio que já era tempo de enviar uma mensagem contundente para isso”.
Maduro respondeu da seguinte forma: “Eu digo à governadora de Porto Rico: se a senhora diz que vai invadir a Venezuela, venha primeiro, no primeiro barco a senhora desce, porque aqui as mulheres venezuelanas estarão te esperando”. E disse estar seguro de que o povo porto-riquenho será contra a conversão de Porto Rico “em uma base militar para agredir a seus irmãos da América do Sul e seus irmãos do Caribe”.
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