“nao-podemos-ter-relacoes-com-estado-genocida”,-diz-lider-do-nucleo-palestina-pt-sp

“Não podemos ter relações com Estado genocida”, diz líder do Núcleo Palestina PT-SP

Para Teresinha Pinto, tanto o PT quanto o governo Lula precisam considerar que “estamos diante de um regime de apartheid e extermínio”

“Não podemos ter relações com um Estado genocida”, assevera a biomédica e pedagoga Teresinha Pinto, coordenadora do Núcleo Palestina do Partido dos Trabalhadores em São Paulo (PT-SP).

O chamado urgente, que a líder já dirige ao governo brasileiro, foi reforçado durante entrevista ao programa Dialogando com Paulo Cannabrava da última quinta-feira (17). Com mais de 30 anos de militância na causa palestina, Teresinha denuncia as contradições internas do PT e cobra coerência do governo de Lula diante do genocídio em Gaza.

“Tem setores do PT que insistem em manter relações diplomáticas [com Israel], ignorando que estamos diante de um regime de apartheid e extermínio”, afirma a entrevistada sobre a disputa intensa dentro do partido. Para a militante, o governo Lula precisa ouvir mais as bases e os movimentos sociais, que “exigem que o Brasil rompa qualquer acordo com Israel.”

Romper com burguesia, romper com Israel: o que Lula e PT ainda esperam?

Na conversa com Paulo Cannabrava, Teresinha também criticou a aprovação do “Dia da Amizade Brasil-Israel” no Senado, classificando a iniciativa como “uma afronta à memória do povo palestino”. Essa política de normalização, acrescenta, é cúmplice de um regime de opressão: “É uma data vergonhosa, celebrada enquanto crianças são massacradas em Gaza.”

A porta-voz revela que o Núcleo Palestina do PT tem atuado para ampliar o debate interno, organizando seminários, promovendo campanhas de solidariedade e pressionando o governo federal a se posicionar com mais firmeza. “A base do PT está com a Palestina. É hora de Lula escutar a militância”, reitera.

Leia mais notícias sobre Gaza na seção Genocídio Palestino.

Teresinha destaca ainda que a solidariedade internacional tem crescido, citando o papel de mulheres e coletivos de juventude na denúncia das atrocidades cometidas por Israel. “Estamos assistindo a uma revolução na consciência política sobre a Palestina. E o Brasil precisa estar do lado certo da história.”

A entrevista completa está disponível no canal da TV Diálogos do Sul Global no YouTube:

As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul Global.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *