O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs um tarifaço de 50% sobre as transações comerciais com o Brasil. A medida, muito mais severa do que os 30% aplicados ao México e à Europa, não é apenas uma ação protecionista. Trata-se de uma represália clara ao papel que a nação brasileira vem desempenhando no Brics e à tentativa do Sul Global de construir uma ordem mundial mais justa e multipolar.
A Cúpula Brics+ realizada no Rio de Janeiro, com participação ampliada de países como Irã, Nigéria, Tailândia e Venezuela, foi um marco simbólico dessa articulação internacional. Ali, se discutiu a desdolarização do comércio, o fortalecimento do Novo Banco de Desenvolvimento e o fim da dependência de instituições dominadas pelos Estados Unidos. Trump não gostou.
A retaliação veio com a arrogância de quem ainda se julga dono do mundo. Não se trata apenas de proteger sua indústria, mas de tentar impedir que países como o Brasil fortaleçam sua soberania econômica. As tarifas afetam diretamente produtos fundamentais para a indústria brasileira, inclusive setores de alta tecnologia, como o aeronáutico.
Cannabrava | Bolsonaro de tornozeleira: um passo contra a impunidade ou cortina de fumaça?
Ao justificar a medida, Trump ironizou a desdolarização, dizendo que “o mundo pode tentar, mas o dólar é eterno”. Essa declaração, somada às tarifas, mostra que os Estados Unidos estão dispostos a usar todas as armas do imperialismo para manter seu poder.
Trump ainda revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de outros seis membros do Judiciário brasileiro, numa tentativa de intimidar o sistema de justiça e apoiar seus aliados locais. Ele segue apoiando Jair Bolsonaro, a quem considera injustamente perseguido.
Confira mais análises sobre as tarifas de Trump contra o Brasil.
Enquanto isso, Bolsonaro enfrenta medidas cautelares impostas pelo STF: uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e integral aos finais de semana, proibição de contato com embaixadas, autoridades estrangeiras e outros réus. Mesmo assim, segue articulando politicamente, o que mostra a lentidão da Justiça em conter sua atuação antidemocrática.
O tarifaço e o apoio escancarado ao bolsonarismo revelam, juntos, a verdadeira face do imperialismo estadunidense: autoritário, intervencionista e inimigo de qualquer tentativa de soberania popular.
Cabe ao Brasil e aos demais países do Sul Global seguir construindo alianças capazes de romper com esse ciclo de dependência e ameaça permanente.
* Artigo redigido com auxílio do ChatGPT.
As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul Global.

