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Cannabrava | Com carisma e firmeza, Lula encanta Trump e defende Palestina, Amazônia e soberania

Em discurso firme na ONU, Lula reforça papel do Brasil no cenário internacional, critica omissão diante da tragédia em Gaza e reafirma preservação da Amazônia diante das potências globais

O charme do presidente Luiz Inácio Lula da Silva seduziu até o presidente dos Estados Unidos Donald Trump. “Houve uma química”, disse ele, acrescentando que, quando gosta de uma pessoa, faz negócio. Marcaram reunião para a próxima semana.

O discurso de Lula foi marcado por momentos de forte impacto político e humano. A começar pelo seu carisma, que se transformou em instrumento de diplomacia.

Ao ser elogiado por Trump, Lula mostrou que é capaz de conquistar interlocutores improváveis e de se colocar no centro das articulações globais com desenvoltura e naturalidade.

O público reagiu de forma entusiasmada: três vezes interrompeu sua fala com aplausos. Esses momentos não foram ocasionais, mas ocorreram justamente quando Lula abordou justiça social, soberania nacional e integração entre os povos — temas que tocam fundo a realidade latino-americana e mundial.

Em sua mensagem central, o presidente deixou claro que o Brasil não está isolado. Ao contrário, é hoje um ator indispensável nas negociações internacionais. Reforçou que a credibilidade do país está associada à sua democracia e à capacidade de construir pontes entre Ocidente e Sul Global.

Na comparação com Trump, Lula mostrou a diferença de estilos. Enquanto o estadunidense se guia pela lógica transacional, Lula defendeu que a confiança e a amizade são pré-condições para negócios duradouros.

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A diplomacia de aproximação é sua marca, e a reunião marcada para a próxima semana cria expectativa de avanços concretos nas relações entre Brasil e Estados Unidos.

Entre os pontos mais fortes, Lula condenou com veemência o genocídio em Gaza. Denunciou o massacre do povo palestino e criticou a omissão das potências ocidentais diante da tragédia.

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Pediu cessar-fogo imediato e a retomada das negociações para a criação de um Estado palestino viável. Sua fala ecoou como alerta e como apelo humanitário.

O presidente também reafirmou a defesa da soberania dos povos, lembrando que nenhum país tem o direito de impor sua vontade pela força.

Trouxe à memória a longa trajetória de resistência latino-americana contra o colonialismo e assegurou que o Brasil não se curvará a pressões externas.

Outro ponto alto foi o chamado à integração do Sul Global. Lula insistiu que apenas unidos os países em desenvolvimento poderão enfrentar as desigualdades do sistema internacional.

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Enfatizou o papel do Brics+ e da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) como alternativas reais a uma ordem unipolar em crise.

Para encerrar, destacou o compromisso ambiental. Afirmou que não haverá futuro sem preservação da Amazônia e combate ao aquecimento global. Garantiu que o Brasil será protagonista na transição energética justa, preservando sua soberania sobre os recursos naturais.

Esse conjunto de mensagens mostra um Lula firme, carismático e atento às dores do presente e aos desafios do futuro. Um líder que busca dialogar com todos, mas que não abre mão de princípios e de um projeto soberano para o Brasil e para o mundo.

Paulo Cannabrava Filho é autor de uma vintena de livros em vários idiomas, destacamos as seguintes produções:

As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul Global.

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