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“Liberdade ou morte”: discurso de Petro em defesa de Maduro reafirma solidariedade latino-americana

No último domingo (10), por meio de uma mensagem em sua conta no X, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, reafirmou seu firme respaldo ao presidente venezuelano Nicolás Maduro diante das recentes ameaças da Administração Trump — que tenta vincular o chefe de Estado ao narcotráfico — e da descoberta, pelas autoridades bolivarianas, de arsenais de armas pertencentes a grupos terroristas vinculados à extrema-direita.

Petro declarou enfaticamente que “Colômbia e Venezuela são o mesmo povo, a mesma bandeira, a mesma história” e ressaltou que “qualquer operação militar que não tenha aprovação dos países irmãos é uma agressão contra a América Latina e o Caribe”. O pronunciamento foi feito após a imprensa estadunidense divulgar que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou o uso de suas Forças Armadas contra nações da América Latina que, a seu ver, estejam ligadas a cartéis.

Transmito públicamente mi orden dada, como comandante de las fuerzas armadas de Colombia. Colombia y Venezuela son el mismo pueblo, la misma bandera, la misma historia.

Cualquier operación militar que no tenga aprobación de los países hermanos es una agresión contra…

— Gustavo Petro (@petrogustavo) August 10, 2025

“‘Liberdade ou morte’, gritou Bolívar, e o povo se sublevou”, apelou enfaticamente o mandatário colombiano, evocando o legado libertador e destacando a defesa da soberania e da autodeterminação da nação venezuelana.

Petro também compartilhou a mensagem da Guarda de Honra do Presidente da Venezuela, na qual o Major-General Javier José Marcano Tabata, Comandante da Guarda de Honra Presidencial (GHP) e Diretor-Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM), declara lealdade ao Governo de Nicolás Maduro e ao presidente constitucional da nação, afirmando que suas forças estão prontas para defender o povo da Venezuela quando o mandatário assim o ordenar.

El ejército que quede en lo que fue la Gran Colombia, será aquel que pueda levantar con orgullo el estandarte de la vida, de los valores fundamentales de la humanidad, herederos de la libertad jurada por Bolívar. pic.twitter.com/yiMFhCIosK

— Gustavo Petro (@petrogustavo) August 10, 2025

O chefe de Estado da Colômbia também demonstrou apoio ao seu homólogo venezuelano quanto à perseguição por parte das autoridades estadunidenses, desmentindo categoricamente as falsas acusações da procuradora-geral dos Estados Unidos, Pamela Bondi, contra Nicolás Maduro: uma reedição da suja manobra que Donald Trump já havia tentado em 2020, durante seu mandato anterior, contra o presidente constitucional venezuelano.

De acordo com o presidente colombiano, a solução dos problemas políticos venezuelanos não deve residir na violência nem na perseguição de seus líderes, e sim em um diálogo aberto que garanta eleições livres e pacíficas.

El ejército que quede en lo que fue la Gran Colombia, será aquel que pueda levantar con orgullo el estandarte de la vida, de los valores fundamentales de la humanidad, herederos de la libertad jurada por Bolívar. pic.twitter.com/yiMFhCIosK

— Gustavo Petro (@petrogustavo) August 10, 2025

Seguindo nessa linha, Petro defendeu uma luta multinacional e coordenada contra o narcotráfico que envolva os governos dos Estados Unidos e da Venezuela, mas sempre sem desconsiderar a soberania nacional.

O mandatário colombiano reconheceu publicamente o valioso apoio da Venezuela e do presidente Maduro na luta contra esse flagelo, afirmando: “nos ajudou com determinação a derrotar o narcotráfico na fronteira”.

Outros líderes e governos latino-americanos manifestaram seu apoio ao presidente da nação bolivariana. Os governos de Cuba, Nicarágua, Bolívia, Honduras e Irã também expressaram seu repúdio à medida estadunidense, interpretando-a como uma forma de pressão política mais do que um esforço genuíno contra o crime organizado.

As opiniões expressas neste artigo não refletem, necessariamente, a opinião da Diálogos do Sul Global.

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